Ela está sempre ali naquele banco.
Sempre nesse horário, eu à vejo chegar
Sento-me de frente dela esperando o espetáculo começar.
No recreio da escolinha, ela está sempre sozinha
Doce menina, sentada solitária.
Me parece mais feliz de que qualquer outra criança
Que brincava na área sobre a grama e abrigo das arvores.
Ela sentava naquele banco, espremendo sua lancheira em seu peito
Como se lhe desse um abraço. E a lancheira retribuía.
Seus olhos se fechavam devagar
E os músculos ficavam mais evidente com tanta força
Eu a observava enquanto ela relaxa devagar, e abria seus olhos na mesma velocidade
Vagarosamente ela abria um sorriso e abria sua lancheira
Tirava de lá, um fruto envolto num papel luminoso
O que a deixava mais sorridente
Ela tirava cuidadosamente os pedaços de papel
E finalmente descobrira a maçã
Tão vermelha quanto suas bochechas.
Era uma coisa do outro mundo observa-la.
De repente, ela abre a boca com toda sua elasticidade, parece devorar a maçã em apenas uma mordida.
Mas seus dentes apenas escorregavam pela lisa casca vermelha.
Ela franzia todo seu belo rosto para morde-la
E finalmente arrancava pequenos pedaços da fruta.
Amanhã, volto novamente para vê-la.
Qual será a fruta de amanhã?
Mônica Braga;
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